O que é : Dívida Externa Mobiliária

O que é Dívida Externa Mobiliária?

A Dívida Externa Mobiliária é um termo utilizado para descrever o montante de dinheiro que um país deve a credores estrangeiros por meio de títulos de dívida. Esses títulos são emitidos pelo governo ou por instituições financeiras do país e são adquiridos por investidores estrangeiros. Essa forma de endividamento é uma maneira comum para os governos financiarem suas atividades e projetos, como a construção de infraestrutura, investimentos em saúde e educação, entre outros.

Como funciona a Dívida Externa Mobiliária?

A Dívida Externa Mobiliária funciona da seguinte maneira: o governo emite títulos de dívida no mercado financeiro internacional, oferecendo uma taxa de juros atrativa para atrair investidores. Esses investidores, por sua vez, compram os títulos e se tornam credores do país em questão. O governo, então, utiliza o dinheiro arrecadado com a venda dos títulos para financiar suas atividades e projetos.

Os títulos de dívida podem ter diferentes prazos de vencimento, variando de curto a longo prazo. Além disso, podem ser emitidos em diferentes moedas, como dólar americano, euro, libra esterlina, entre outras. A escolha da moeda de emissão dos títulos pode ter impacto na capacidade de pagamento do país, uma vez que variações cambiais podem afetar o valor da dívida.

Quais são os principais credores da Dívida Externa Mobiliária?

Os principais credores da Dívida Externa Mobiliária são investidores estrangeiros, como fundos de investimento, bancos internacionais, governos de outros países e instituições financeiras multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Esses investidores compram os títulos de dívida emitidos pelo governo do país devedor, visando obter retorno financeiro por meio do pagamento de juros.

Quais são as vantagens e desvantagens da Dívida Externa Mobiliária?

A Dívida Externa Mobiliária apresenta vantagens e desvantagens tanto para o país devedor quanto para os credores. Entre as vantagens para o país devedor, destacam-se:

– Possibilidade de obter recursos financeiros para financiar projetos e atividades que impulsionem o desenvolvimento econômico e social;

– Acesso a tecnologias e conhecimentos disponíveis nos países credores;

– Diversificação das fontes de financiamento, reduzindo a dependência de recursos internos;

– Possibilidade de obter recursos em moedas estrangeiras, o que pode ser vantajoso em situações de desvalorização da moeda nacional.

Por outro lado, a Dívida Externa Mobiliária também apresenta desvantagens para o país devedor, tais como:

– Aumento do endividamento público, o que pode comprometer a capacidade de pagamento do país;

– Dependência de recursos externos, sujeitando o país a condições impostas pelos credores;

– Risco de variações cambiais, que podem aumentar o valor da dívida em moeda nacional;

– Pagamento de juros, que representa um custo adicional para o país.

Para os credores, as vantagens da Dívida Externa Mobiliária incluem:

– Possibilidade de obter retorno financeiro por meio do pagamento de juros;

– Diversificação de investimentos;

– Acesso a mercados financeiros internacionais;

– Contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país devedor.

Porém, os credores também estão sujeitos a riscos, como:

– Inadimplência do país devedor, o que pode resultar na perda do valor investido;

– Variações cambiais, que podem afetar o valor da dívida em moeda estrangeira;

– Risco político e econômico do país devedor.

Como a Dívida Externa Mobiliária é calculada?

A Dívida Externa Mobiliária é calculada levando em consideração o valor nominal dos títulos de dívida emitidos pelo país devedor. Esse valor é somado aos juros acumulados desde a emissão dos títulos até a data de cálculo. Além disso, são considerados eventuais ajustes decorrentes de variações cambiais e outros fatores que possam afetar o valor da dívida.

Qual é a situação da Dívida Externa Mobiliária no Brasil?

No Brasil, a Dívida Externa Mobiliária é uma das componentes da Dívida Pública Federal, que engloba também a Dívida Interna Mobiliária e a Dívida Externa Contratual. Segundo dados do Banco Central do Brasil, a Dívida Externa Mobiliária do país era de aproximadamente US$ 247 bilhões em dezembro de 2020.

É importante ressaltar que a Dívida Externa Mobiliária do Brasil tem passado por um processo de redução nos últimos anos, principalmente devido à política de pagamento antecipado adotada pelo governo brasileiro. Essa estratégia tem como objetivo reduzir os custos com juros e melhorar a percepção dos investidores em relação à capacidade de pagamento do país.

Quais são as perspectivas futuras para a Dívida Externa Mobiliária?

As perspectivas futuras para a Dívida Externa Mobiliária dependem de diversos fatores, como a situação econômica do país devedor, as condições do mercado financeiro internacional, as taxas de juros praticadas e as políticas adotadas pelo governo.

No caso do Brasil, espera-se que a Dívida Externa Mobiliária continue em trajetória de redução, impulsionada pela política de pagamento antecipado e pela melhora da percepção dos investidores em relação ao país. No entanto, é importante monitorar os riscos e desafios que podem surgir, como a volatilidade dos mercados financeiros internacionais e as incertezas políticas e econômicas.

Conclusão

A Dívida Externa Mobiliária é uma forma de endividamento utilizada pelos governos para financiar suas atividades e projetos. Ela envolve a emissão de títulos de dívida no mercado financeiro internacional, que são adquiridos por investidores estrangeiros. Essa forma de endividamento apresenta vantagens e desvantagens tanto para o país devedor quanto para os credores. No Brasil, a Dívida Externa Mobiliária tem passado por um processo de redução nos últimos anos, mas é importante monitorar as perspectivas futuras e os desafios que podem surgir.